Regularizar a documentação do imóvel é essencial para garantir segurança jurídica, aumentar o valor de mercado e evitar dores de cabeça com a prefeitura ou com a justiça. Um imóvel irregular pode impedir negociações, dificultar o acesso a crédito e ainda gerar multas. Por isso, entender como funciona a regularização é o primeiro passo para proteger seu patrimônio.
Neste guia, você vai descobrir o que fazer para regularizar seu imóvel, quais documentos são exigidos, os custos envolvidos (com estimativas realistas), quando contratar ajuda especializada e onde buscar informações confiáveis.
Por que regularizar a documentação do imóvel?
A posse de um imóvel não garante que você seja, de fato, o proprietário legal. Sem a documentação em dia, o imóvel fica irregular. Isso pode gerar uma série de problemas, como:
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Impossibilidade de financiar ou vender o imóvel legalmente;
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Risco de multas aplicadas pela prefeitura;
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Dificuldade para formalizar herança ou partilha em caso de separação;
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Insegurança jurídica em contratos de locação.
Por outro lado, um imóvel regularizado proporciona:
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Valorização imediata no mercado (até 30%, segundo especialistas);
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Acesso a crédito, financiamento e seguros habitacionais;
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Segurança total em vendas, heranças e locações.
De acordo com o CNJ, milhares de imóveis urbanos continuam irregulares, principalmente em bairros antigos ou loteamentos populares. Não entre nessa estatística!
Quais documentos são exigidos?
A documentação varia de acordo com o tipo de imóvel e a cidade, mas você geralmente vai precisar dos seguintes itens:
📄 Escritura pública
Emitida em cartório de notas, a escritura oficializa a negociação. É obrigatória para imóveis com valor superior a 30 salários mínimos.
👉 Saiba mais no Conselho Federal Notorial do Brasil.
📑 Matrícula atualizada
Comprova a propriedade legal do imóvel. Deve ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis da região.
📃 Certidões negativas
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IPTU e taxas municipais;
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Débitos federais (Receita Federal);
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Ônus e ações reais, emitidas pelo cartório.
🏗️ Planta aprovada e habite-se
Se houve construção, ampliação ou reforma, você precisará apresentar a planta aprovada pela prefeitura e o habite-se (documento que libera a ocupação).
👉 Exemplo: Prefeitura de Belo Horizonte – Habite-se e Regularização.
Quanto custa regularizar um imóvel?
Os valores dependem da situação do imóvel e da cidade. Veja uma média de custos:
Item | Estimativa de custo |
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Taxas cartorárias | 1% a 3% do valor venal |
ITBI (Imposto de Transmissão) | 2% a 3% do valor declarado |
Planta e habite-se | R$ 2.000 a R$ 5.000 (engenheiro/arquiteto) |
Certidões e taxas municipais | R$ 500 a R$ 2.000 |
Multas por obra irregular | Varia por município |
Assessoria jurídica | A partir de R$ 2.000 |
💡 Dica: Mesmo com o investimento, a valorização do imóvel pode superar os custos em pouco tempo.
Passo a passo para regularizar seu imóvel
1. Consulte a situação atual
Solicite a matrícula no Cartório de Registro de Imóveis e verifique débitos ou pendências no site da sua prefeitura.
2. Reúna os documentos necessários
Separe escritura, certidões, documentos pessoais e planta arquitetônica. Atualize os que estiverem vencidos ou em falta.
3. Corrija irregularidades técnicas
Contrate um engenheiro ou arquiteto para corrigir construções fora da planta e dar entrada no novo habite-se, se necessário.
4. Faça o registro no cartório
Com toda a documentação regularizada, vá ao cartório e registre o imóvel em seu nome. Somente assim você se torna o proprietário legal perante a lei.
E se o imóvel for herdado ou estiver em loteamento irregular?
🏡 Imóvel de herança
Você precisará fazer um inventário judicial ou extrajudicial com a ajuda de um advogado. Só depois disso será possível registrar o imóvel no nome dos herdeiros.
🌐 Loteamento irregular
Será necessário abrir um processo de regularização fundiária (Reurb) com acompanhamento de advogado e engenheiro.
👉 Em Belo Horizonte, conheça a Lei 11.792/2024.
Quando contratar uma assessoria jurídica?
Você deve procurar ajuda especializada nos seguintes casos:
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Imóveis de herança;
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Usucapião (posse prolongada);
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Construções fora do padrão aprovado;
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Loteamentos não regularizados.
Um advogado imobiliário analisa os documentos, identifica riscos jurídicos e propõe soluções seguras para evitar prejuízos.
Conclusão
Regularizar a documentação do imóvel é mais que uma obrigação legal — é uma forma de valorizar seu patrimônio, facilitar negociações futuras e evitar problemas com a justiça. Imóveis com escritura, matrícula atualizada e tributos em dia são muito mais seguros e lucrativos.
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